Dizem por aí que existe reencarnação. Se é verdade, JG, certamente, já foi algum preto-velho.
Digo isso porque mesmo antes de dizer mamãe, aos seis meses de idade, em alto e bom tom, João "compôs" sua primeira música, cantada repetidamente, sempre na mesma sequência, e em volume para públicos de grandes formatos.
A música é mais ou menos assim:
GUNGA GUNGA GUN-GUEEEEEEEEEÊ
GUNGA GUNGA GUN-GAAAAAAAAAÁ
GUNGA GUNGA GUNGA EEEEEEEEEÊ
GUNGA GUNGA GUN-GAAAAAAAAAÁ
GUNGA GUNGA GUN-GUEEEEEEEEEÊ
GUNGA GUNGA GUN-GAAAAAAAAAÁ
GUNGA GUNGA GUNGA EEEEEEEEEÊ
GUNGA GUNGA GUN-GAAAAAAAAAÁ
Tio Gui, muito impressionado com as habilidades do sobrinho, fez uma versão muito bonitinha da música do João para violão. Ele ficou encantado. Em casa pega sua guitarrinha vermelha e canta o GUNGA GUNGA com acompanhamento.
De noite, a mãe tenta fazer JG nanar com a clássica canção de ninar "nana nenê".
JG reclama, determinado!
- Não! ãh, ãh! GUNGA GUNGA!! (definitivamente não está satisfeito com a trilha sonora).
A música é adaptada imediatamente para um...
GUNGA GUNGA, GUNGA GUNGA, GUNGA GUNGA, JOÃO...
GUNGA GUNGA, GUNGA GUNGA, GUNGA, (...)
Com acompanhamento vocal do autor, balança o pezinho satisfeito.
Logo JG está dormindo tranquilamente, provavelmente sonhando com as batucadas de outrora.